quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

"Que venha 2010..."

     É, 2009 chegou ao seu 31 de Dezembro.
    Um ano cheio de, como tantos outros, expressividades, pelas quais muitas camadas sociais, pacificamente ou não, "mostraram suas caras" em respostas a fatos que mexeram com o modo de pensar e agir das massas. E, de uma forma ou de outra, pudemos enxergar o rebuliço quando "uns se conscientizam" daquilo que querem e precisam, e correm atrás(sem esquecer as datas fechadas neste ano de muitos fatos históricos como "os 20 anos da queda do Muro de Berlim", "os 120 anos da Proclamação da República" e "os 50 anos da Revolução Cubana"). Mesmo que o resultado não seja o esperado por todos nem para todos, a mobilização prova que sempre há uma oportunidade de lutar por mudanças.
     Além do mais, fim de ano é época na qual muita gente faz planos, e quero crer que não há quem não queira melhorar. Esse sentimento é o bastante para provocar uma certa inquietação, seja rever o que e o porquê isso ou aquilo não teve êxito e refazê-lo...ou mesmo assegurar aquilo que está indo bem.
    Um ano marcado por conquistas brasileiras, entre as quais recebemos a oportunidade de sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, e o nosso então presidente Luís Inácio Lula da Silva é eleito o homem do ano por revistas internacionais, ainda que muitos compatriotas seus façam um trejeito pela situação política do país...mais um motivo para "arregaçarem as mangas sociais" ano que vem.
     Entre os crentes de melhorias conjunturais, desejo ao Brasil uma educação de qualidade, em seu sentido mais amplo, sobretudo com o impulso de buscar sempre um novo.
Feliz 2010!

Ramiro Teixeira.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

"410 anos de Natal..."

     410 anos da cidade natalense hoje, 25 de Dezembro. Além de uma história cheia de detalhes primorosos como a construção do Forte dos Reis Magos, a invasão e domínio holandês e a participação na II Guerra Mundial, Natal oferece um extenso território de praias e belezas naturais e de parques florestais, o que para muitos é fonte de revitalização.
      A "Cidade do sol" abrange vários grupos culturais, e até mesmo o olhar menos atento pode perceber facilmente nos vários pontos de encontro espalhados pela cidade. Isso a torna muito visada por pessoas de outras nacionalidades e por brasileiros de outras cidades e estados que vêm para passar férias por aqui...muitos acabam se apaixonando pela "Noiva do sol" e resolvem ficar de vez. evidencia-se assim a importância da economia do turismo para Natal.
     Talvez pouco "explorada" (no sentido belo da palavra!) por seus filhos, ela não receba o devido respeito por tudo que tem, principalmente por suas influências culturais. Apesar de já ter sido tema de enredo de carnaval...
Mesmo não sendo natalense de nascimento, aprendi a admirar sua história como um filho e felicito por mais uma data comemorativa.

SALGUEIRO É SOL E SAL NOS 400 ANOS DE NATAL
O rei sol a brilhar
Clareia meu amor, clareia
Encantou meu olhar
Vagando neste manto de areia
Com a colonização
Deu-se a expansão
Que maravilha!!!
Seu forte é o marco desta terra
Tem o sal que lhe tempera
O ar é pura sedução
Tem jangadas no mar
Mareia meu amor, mareia
Eu vou deitar e rolar
Gostoso e deslizar na areia
Oh! Natal
Meu Deus do Céu, eu nunca vi tanta beleza
Obra da mãe natureza
Cartão postal do meu Brasil
Do turista que se encanta a delirar
Nesta festa popular
Salgueiro é o sol que irradia
Neste dia de folia
E faz aqui seu "Carnatal"
É sol, é sal, é paixão, amor...
Natal é pura emoção, vem brindar...
Bate na palma da mão, a festa vai começar
São quatro séculos de história, pra contar.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

"O tempo da colheita"...

      Supostamente é amanhã, dia 25, o "aniversário" de Jesus. No entanto, as comemorações começam desde hoje, na véspera. Decerto muitos comemoram apenas mais um feriado, ainda mais esse, numa sexta-feira, feriadão! Não, não é lição de moral, como já vi em alguns orkut's e frases de msn no início desta madrugada ou em outras oportunidades ao longo desses meus 25 anos. Mas, sobre o clima que paira sobre nós nesta época natalina, que venho percebendo intensamente desde o começo da semana. É inegável que por estes tempos as pessoas se digam mais abertas a outras, e eu sempre me perguntei o motivo disso.
      Me deparo, então, com a história do casal(Maria e José) que dera à luz o Cristo(longe das discussões se foi precisamente nesta data ou mesmo sobre a paternidade e maternidade, a cronologia e a origem terrena não são maiores que o fato!).
      Trata-se do nascimento de um menino que mudou o curso da humanidade, não sem motivos, marcou uma divisória dos tempos, revolucionou a maneira de encarar o cotidiano, o alheio.
     Quanto mais se busca ter, poder, provar, demonstrar...maior é o choque quando chega o momento no qual temos a certeza de que o simples se sobrepõe a tudo isso. Acho que assim se explica o montante em roupas e alimentos arrecadados em campanhas natalinas, se é um período em que tanto se menciona Jesus e, consequentemente, sua maneira despojada. Para os cristãos, é fonte de recomeço.
       Ao longo de "sua narrativa", é o que mais está presente em seus atos: o dom de eternizar o humano, de promover uma oportunidade. E se é disso o que mais se precisa, sem perceber as pessoas buscam ouvir e fazer o que lhes complementa, o bem. Embora tudo se perca novamente em meio às correrias.
Quem dera a comemoração não parasse no dia 26, e aquilo que escandalizou, às avessas, outrora, pudesse outra vez eclodir.

Ramiro Teixeira.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

"Autografias..."

      Autógrafo é um registro dado por alguém a outro, que o admira. Quem nunca pediu um desses não pode se aventurar em criticar quem já o fez...trata-se de uma prova de um contato com aquele(a) que de uma forma ou de outra transcreve o que nos permeia(ora, o fato de falar com algum destaque dá status com as classes), além disso, é como se "assinássemos em baixo" o que o suposto ídolo (re)produz.
    Longe do ingénuo fanatismo, que nesse caso é uma paixão excessiva, esquecendo de si próprio, e mais que o simples gesto de pedi-lo a uma figura pseudo-importante para a sociedade, poderíamos multiplicar as idéias que tanto fazem muitos passar por um papel...bobo, pois o mais importante não é cultuar quem tem ou divulga uma
idéia, mas, trabalhar para que esse admirável pensamento se torne real e cotidiano. Caso contrário, corre-se o risco de alienação, e o indivíduo não pode se sobrepor ao social, embora o construa.
      São muitas as autografias para se formar uma sociedade, cada uma com sua reprodução na luta diária, umas com maior outras com menor destaque, porém, com a mesma importância. Reconhecidas ou não, tantas são dignas de admiração e merecidas de se "tirar o chapéu".

Ramiro Teixeira.