sábado, 29 de dezembro de 2012

"Velhas práticas..."

    Como é costume dizer nos finais de ano, é tempo de refletir sobre o que fizemos nos últimos meses e projetarmos com os devidos acertos os próximos períodos. Isso já virou clichê, todo mundo diz. Podemos  até escapar dessa pronúncia, mas como não compartilhar desses pensamentos, se são frutos da sociedade e se é nessa sociedade em que vivemos?
     Pelo menos a cidade do Natal, capital do Rio Grande do Norte, se despede de 2012 assistindo ao épico "jogar de lixo" nos prédios da administração municipal, A prefeitura. Ora, se refletir sobre os últimos meses na intenção de acertar nas próximas ações, talvez a atitude de reivindicar seja decidida um pouco mais cedo!
   Não espere-se, pois, a demolição das casas para a Copa do Mundo, a limpeza urbana/enxotação humana para o turismo etc.
Ah, feliz ano novo...

Ramiro Teixeira!

domingo, 3 de junho de 2012

"idas e voltas..."

"Minha rede branca
Meu cachorro ligeiro
Sertão, olha o Concorde
Que vem vindo do estrangeiro
O fim do termo "saudade"
Como o charme brasileiro
De alguém sozinho a cismar..."

     Entre as peculiaridades da cultura brasileira está a tradução do sentimento de uma lembrança mais intimista, a saudade. Mesmo considerando o dinamismo das novas experiências em nossas vidas, aquele conforto sempre pede entrada quando recordamos o aconchego que tanto nos apaziguou.
     
     No caso da música "tudo outra vez", de Belchior, foi a volta à sua terra que o reconfortou. Contudo, como a peculiaridade brasileira é diversidade do seu povo, cada um tem em si o que o traz de volta depois de passar por "praças cheias de pessoas".

Ramiro Teixeira.
 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

"Greves", professores e federais...

       Muito se questiona a universidade quanto à sua falta de tato e aproximação efetivas junto à população. Ora, críticas em relação às suas pesquisas, que se voltam apenas para os interesses de seus pesquisadores. Não podemos esquecer, no entanto, que estes mesmos cientistas carregam consigo a mesma subjetividade que "os demais seres humanos" trazem como marca de humanidade.
     
      Nestas últimas semanas temos acompanhado todo um debate sobre a greve que os professores das universidades federais do Brasil vêm decretando. No caso da UFRN, a discussão gira em torno ao menos da realização de uma assembleia para avaliação da situação e acordo ou não de adesão ao movimento grevista.


        Ora, o fato da não consulta junto aos docentes, sendo este fato verdade ou não, por parte da associação dos professores da UFRN desencadeou insatisfações e alguns artigos sobre as tensões entre os doutores. É, meus caros, ali também, e sobretudo ali, no ambiente das ciências, o fervor para a prática política parece ainda estar flamejando.

Ramiro Teixeira.

sábado, 19 de maio de 2012

"E as contribuições..."

"Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...

É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...

E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social..."

Ouro de tolo, Raul Seixas

quarta-feira, 16 de maio de 2012

"Greves e greves..."

     E a greve dos rodoviários em Natal?

"NA LUTA POR MELHORES SALÁRIOS E CONDIÇÕES DE TRABALHO"

     Entre as tantas idas e vindas das tentativas de negociações, de um lado os empresários alegando os transtornos da greve e os maus bocados que a população está passando, população esta que gera o lucro para os grupos empresariais; e ainda, os figurões de paletó com o discurso da ilegalidade da greve por não está cumprindo as determinações da lei, no mínimo 30% da frota funcionando, ou 70% nas horas de pico e 50% nos demais horários.

    E de outro lado os funcionários das empresas, motoristas e cobradores, alegando o não cumprimento empresarial em acordos anteriormente traçados, reajustes salariais, segurança frente aos frequentes assaltos aos ônibus, expondo os trabalhadores e passageiros aos desdobramentos de um ato criminal.

     E no meio disso tudo a população passageira, enquanto uns são favoráveis ao Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro), entendo a situação de exploração de sua força de trabalho a qual são submetidos os rodoviários; outros acrescentam a situação do povo em não poder se locomover para o trabalho, universidade e outros compromissos.

     Não desconsiderando as peculiaridades da greve em questão, mas tentando lançar um olhar para o entorno da situação natalense, dois fatos temos que ter em mente, primeiro, não há neste conflito um lado apenas que arque com o cenário caótico deflagrado; e segundo, se a história das sociedade é feita desses embates e se o povo quer ter alguma condição digna de produção de vida, precisamos tomar com exemplo de reflexão essas reivindicações e converte nossos anseios em vozes e atitudes transformadoras das situações de misérias a que estamos submetidos.

Ramiro Teixeira.