quarta-feira, 25 de maio de 2011

"Impostos e todos felizes para sempre..."

     Nos expliquem os economistas: inflação, impostos, dedução, investimentos.
   Realmente, os governos municipal, estadual e federal, precisam arrecadar tributos para administrarem suas respectivas jurisdições. Localidades muito bem servidas dos investimentos governamentais. Ora, basta boa vontade para enxergarmos a quantidade de beneficíos construídos nas nossas cidades, diga-se de passagem, muito boa vontade.
   Ora, muito embora o Brasil esteja elencado como um dos países mais cobradores de impostos(e acredite, Jesus não virá para mandar "Zaqueu" descer da árvore novamente), não conseguimos ver essa quantidade, muito menos qualidade, de trabalho nas gestões públicas.
     Porém, e essa ressalva é de extrema importância, foi determinado por lei um dia específico(25/05) para os brasileiros comprarem os produtos com preços livres dos impostos. Hummmm, descontos de até 30% no valor habitual, e nós ficamos imensamente felizes por esta colher-de-chá para economizarmos nosso dinheirinho suado.
    Escolhamos, pois, investimentos nas cidades((através de muita, mas muita mesmo, luta política e social), uma dia com produtos mais baratos, porém com 1/4 do vencimento anual(é isso que pagamos de impostos) jogados nos "cofres" públicos sem retorno para a população...

Ramiro Teixeira.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Uma onda (política) em Natal..."

     "Um espectro ronda a Europa", assim começa o Manifesto Comunista de Marx e Engels de 1848, a "ameaça" comunista, a imagem de algo em formação a ponto de causar certas apreensões naqueles a ditarem a ordem até então vigente. 
    Com todas as proporções devidamente guardadas e, ainda mais, não comparando as situações, até porque são tempos e racionalidades com seus contextos e peculiaridade próprias, mas a atual administração da prefeitura da cidade do Natal deveria se preocupar um pouquinho que seja com a "onda" causada por suas medidas, sejam na educação, na saúde, no transporte, no turismo, na (in)segurança, na cultura, ou nas propagandas veiculadas por alguns segmentos da  mídia potiguar, atuações desencadeadoras de fortes críticas e descontentamentos, poderia até dizer, geradoras de inconformismos exaltados.
     Ora, qualquer cenário de desregramento, desordem, não funcionamento, na cidade é atribuído à prefeitura. Pudera, espera-se de quem foi eleito pelo povo nas urnas a responsabilidade de promover direitos(e não apenas cobrar os deveres) adquiridos pela população ao longo de uma história extremamente violenta e desigual politicamente. Porém, não é isso contemplado no dia-a-dia(sabemos também que o problema da má administração não é regalia somente de Natal, nem do atual governo) de um dos destinos mais procurados no Nordeste por casais em lua-de-mel, segundo reportagem de jornal a nível nacional nas últimas semanas.
     Com a tomada de consciência dos natalenses, ainda em minoria, de fato, porém, em crescente quantidade e qualidade, o tal "espectro a rondar Natal" deveria ser levado um pouquinho mais a sério, inclusive pelos que ainda não aderiram a campanha pela cidade!
     A população está mais presente nas reivindicações sociais, indivíduos estão cada vez mais expondo suas teses contestatórias, por exemplo, a professora Amanda Gurgel.

2012 é ano de eleição!

Ramiro Teixeira.

domingo, 15 de maio de 2011

"Intelectualidades em outras épocas..."

Apresentação do livro "O Estado e Revolução", de Vladimir Ilítch Uliânov(Lênin)

     "A presente reedição aproveita um trabalho feito com notável dedicação, talento e probidade intelectual por Aristides Lobo. Ela surge em um momento propício, a pressão operária e o protesto sindical situam à nova luz a questão do espaço político democrático no seio de uma sociedade capitalista relativamente subdesenvolvida e dependente. Esse espaço político nunca fora criado antes, por vias burguesas. Ao contrário, os setores dominantes das classes possuidoras sempre procuraram impedir, por todos os meios, o aparecimento e a consolidação desse espaço político democrático no Brasil, anulando ou esmagando todas as tentativas históricas no sentido de conquistá-lo. Preocupados com o monopólio do poder econômico, cultural e político, esse setores das Classes dominantes impuseram seu próprio padrão de paz social, de estabilidade política e de organização do Estado. Assim, lograram excluir as classes subalternas de uma participação política eficaz e submeteram à dominação burguesa todas as organizações dos trabalhadores. A divulgação de 'O Estado e a Revolução' é extremamente necessária em um momento como esse, no qual o avanço operário colide com as contra pressões vindas tanto das 'ilusões constitucionais', quanto das 'manipulações populistas'. Concebido como arma de luta, o livro poderá desempenhar um papel deveras importante no despertar de condenados ao malogro. A ligeireza com que se confundiu o 'desenvolvimento' com a redenção nacional exige que se instrua os trabalhadores, os líderes sindicais e a juventude contestadoras em textos de reflexão crítica tão aguda sobre as limitações ao sufrágio universal, as debilidades intrínsecas da democracia constitucional e representativa, o caráter opressivo e repressivo da República democrática, a necessidade da revolução violenta para a instauração de uma democracia da maioria etc. Em particular, cumpre que se denuncie, sob todas as formas e com a força possível, a "fé supersticiosa no Estado", algo a que Lênin se propõe de ponta a ponta, seguindo a trilha dos fundadores do socialismo revolucionário. A leitura é tanto melhor quanto ela contempla também como e porque o proletariado deve primeiro conquistar o Estado burguês para, em seguida, transformá-lo e destruí-lo. Se não existissem outras razões, esta bastaria para dar a 'O Estado e Revolução' um lugar incomum em nossa estante dos clássicos do socialismo."

São Paulo, 6 de novembro de 1978-Florestan Fernandes.

domingo, 1 de maio de 2011

"Datas comemorativas...?"

     Dia do trabalho(ou do trabalhador).
   Eu não sou muito condizente com datas fixadas para a comemoração, prestígio ou relembrança de algo marcante ao longo da história de um povo. Sempre aquele velho argumento: dia das mães é todo dia do ano, dos pais também, mas é preciso representá-los; enfim, assimila-se esta verdade e é criado um dia específico, servindo como uma data ícone em celebração de um evento histórico.
     Decerto, um episódio toma vários significados no processo de vida de uma sociedade, e sua atribuição depende em grande parte do que é vivenciado no momento atual num dado país, cidade etc. Ora, ultimamente, e diria ainda, geralmente, a configuração do regimento de um povo é dado de maneira quase silenciosa e imperceptível por quem o governa.
    Em boa parte do território brasileiro, o dia símbolo da luta por direitos trabalhistas é vivido da seguinte maneira: é feriado; há aumento do salário mínimo; alguns patrões sorteiam certos prêmios entre seus funcionários, fazem até festa para seus "colaboradores". Assim, imaginam tais proprietários estarem contribuindo com seus empregados e dando-lhes melhores condições de produção, esta logicamente para uma maior lucratividade de sua empresa, lucratividade pessoal.
   Somos educados para atender o mercado de trabalho como peças produtivas(daqui seguem os inúmeros graus de capacidade) para quem detem os meios de produção. A consciência é treinada para uma lógica de capital atendendo não a nós mesmos, mas a um sistema de reprodução e reposição do poder dos "vencedores na vida mercantil". 
     Enquanto o salário mínimo aumenta em média R$ 30,00 por ano, o sistema bancário, as empresas financiadoras, os próprios políticos, e tantos outros segmentos  profissionais(ah, profissionais mesmo, hein!) têm sua "retribuição pecuniária do serviço exeutado"(nota do dicionário) com uma margem exorbita. Cada imóvel, cada carro, cada moto adquirida através de um financiamento idealiza uma melhoria de vida por parte de quem comprou. Ora, o dinheiro pago nesses casos daria para adquirir pelo menos outro bem  de igual condição. Essa moeda excedente vai para o bolso de quem já demanda lucro.
     Sinceramente, neste dia, pela presente situação econômica da sociedade em geral, não tem algo a ser comemorado; muito vais válido é reconsiderar as verdadeiras reivindicações e necessidades de um Brasil encoberto!

Ramiro Teixeira.