segunda-feira, 28 de junho de 2010

"Recanto..."

     Nas idas e vindas do nosso dia-a-dia somos surpreendidos por diversos fenômenos(poderia até chamar de "onda" de novidades). Já há algum tempo venho me deparando com a moda do tal aparelhozinho fonógrafo: o MP4! No linguajar rápido do cotidiano-casa-trabalho-faculdade(e nesse trajeto a "carona" do velho e bom transporte coletivo: o ônibus!) pode-se dizer que virou "clássico" as pessoas embarcarem, colocarem os fones, ligarem seu pequeno MP4, se bem que já temos versões mais avançadas como MP5, MP6 e outros, fixarem o olhar em um ponto lá fora, ou mesmo fecharem os olhos, e curtirem as suas músicas prediletas
      Eu sempre fico preso à curiosidade de saber quais são as escolhidas pelas pessoas durante o trajeto. Penso na possibilidade das preferências serem a extensão do seu lar, uma maneira de sentir o conforto tão desejado ao voltar...hoje em dia boa parte das pessoas saem cedo de casa e só voltam tarde da noite.
       Muito simples: você seleciona as canções, ouve quando quer, na medida do possível, muda com apenas um clique nas teclas e pronto... um pequeno pedaço do seu cantinho está à sua disposição, te "devolvendo" o que bem cedo você deixou a duras penas: o sossego do seu sono!
      Bom, para muitos, o aparelhozinho pode ser apenas um mero distrativo ou um simples passa-tempo. Eu prefiro percebê-lo pelo olhar observador dos detalhes.

Ramiro Teixeira.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

"A bola e o bolo..."

     Eu diria: é inevitável não perceber essa onda pairando em nossas ruas. A Copa do Mundo!
     Primeiro, as pessoas se unem e se reúnem bem mais: "então, vamos assistir ao jogo aonde?". Surgem as ideias. Vamos ornamentar a rua. Cada qual colabora com o dinheiro "disponível" (disposto), as fitinhas penduradas, a pintura nas calçadas, nos muros, as camisas amarelas, o churrasco, a bebida, para quem é adepto... ah!, o som, é imprescindível a música, as danças, a confraternização...
     Antes tem o hino nacional, dificilmente alguém não se enche de emoção ao ouvir o "brado retumbante" e não tem a vontade de estar lá, no estádio do partida (sobretudo agora, aos desavisados, a próxima Copa, a de 2014, será aqui no Brasil!).
     Apito inicial:
todas as atenções voltadas para as "quatro linhas", cada passe, cada lance, cada jogada torna-se o ápice do confronto. Aos mais fervorosos é reservada a conversa quase dialogal com os jogadores e treinador, como se cada um fosse assistente técnico do comandante. Não sem mencionar os sustos promovidos pelo time adversário. Quando é gol, então. É um "Deus nos acuda", xingamento pra todo lado. Até chegar o minuto no qual "fazemos" um gol... mais um "Deus nos acuda", desta vez de comemoração... gritos, abraços, pulos, fogos, e música, muita música.
      Continuação da partida.
      Outros gols, talvez.
Intervalo.

     2º tempo: se ainda prestarem atenção, como na primeira etapa, verão a boa continuidade do futebol, geralmente é assim. Os treinadores procuram melhorar seus times no intervalo, e assim se faz. Talvez ainda mais gols(contra ou favor!).
     Fim de jogo.
    Comentários do jogo. Continuação da "festa", muita festa, se o Brasil ganha, então, é até muito mais tarde; se perde, a festinha continua, logo de início com menos empolgação, mas, é só passar meia-hora para a vitalidade voltar. "Até a próxima disputa!"

    A socialidade do Mundial permite por hora o esquecimento da realidade, embora, promova a aproximação das pessoas.

Ramiro Teixeira.