segunda-feira, 12 de julho de 2010

"de volta ao Brasil..."

     Bom, com essa pequena cobertura da mídia sobre a finalíssima da Copa 2010 e sobre a campeoníssima Espanha, textos bem elaborados, sobretudo na descrição dos detalhes, a tal câmera lenta-lenta, as caricaturas da torcida com sua emoção de presenciar parte do museu futebolístico mundial e a dos jogadores a cada momento decisivo ao passar do tempo nas partidas, parei com mais entusiasmo ao ver uma dessas reportagens hoje. Trazia um pequeno texto ressaltando a importância do Iniesta, autor do gol na final, para a monarquia espanhola (atos politicamente corretos deixemos de lado).        
      Ele pôde "oferecer" a tal esperada Taça mundial (ora, por vezes, é mais exultado aquele que objetiva o propósito-que faz o gol!), ainda mais por esperarem há muito pelo título... tabus quebrados, e desconfirmada a "amarelidão" da fúria espanhola (que eliminou a Alemanha, que eliminou a Argentina, que zombou do Brasil, os mais cotados a campeão) na "hora do vamos ver". Quase compartilhei com a alegria da torcida campeã, ou mesmo com a garra das torcidas dos times vibrantes nas fases finais. Sim, porque aquele slogan "sou brasileiro e não desisto nunca" parece não ter mais a mesma validade na Seleção de Futebol do Brasil, sem querer ser mais um apontador do fiasco do nosso país nos últimos mundiais. Ao menos se compararmos o nosso futebol com o das equipes finalistas, a impressão é de uma representação "a ver navios", a mercê da disposição do adversário, tudo contrário à motivação que nós torcedores depositamos em nossos atletas. Descobre-se, então, a falta de objetividade frentes aos cinco campeonatos mundiais conquistados? tomara que não!
      Ao menos temos um esclarecimento: o Brasil não pode nem deve simplesmente ser reconhecido como "O país do futebol", como de costume. Atentemos, assim, para outra realidade bem mais valiosa e competitiva: a educação de ótima qualidade para termos onde gastar as energias de maneira mais refinada!

Ramiro Teixeira.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

"Alô... alô...!"

     Tal como uma peça do vestuário, a qual não esquecemos de usar, principalmente ao sair de casa, ganhou valor o tal do telefone celular. Ora, veste a calça, calça os sapatos, coloca a camisa, arruma o cabelo, passa um perfume, hora de sair, os mais variados compromissos(trabalho, faculdade, consultas, encontro com amigos etc, etc), fecha o portão...mão no bolso...ah!, meu celular...volta para apanhá-lo. Quem sai de casa, hoje em dia, sem seu aparelhozinho? Pouquíssima gente.
      Tudo bem, há pessoas totalmente dependentes dessa comunicabilidade, quantos negócios são "fechados" ao celular? quantos médicos atendem pacientes(ou não!) seus pacientes por uma simples ligação? quantas desculpas de atraso com o horário escolar ou profissional são dadas ao telefone? Enfim, é vasta a funcionalidade dessa engenhosa invenção. No entanto, muitos, mas muitos mesmo, não se vêem sem seu Nokia, LG, Sansung e outros tantos por aí afora, ainda que não tenham o menor motivo nem esperança de utilizá-lo(uns até o utilizam como um "sonzinho", um televisão), mas apenas pelo simples fato de tê-lo ali consigo, dentro do bolso. E quando a bateria está prestes a descarregar? é um "Deus me acuda": "Fulano, tem carregador tal aí?"; "Sicrano, aquele carregador que você sempre traz está por aí?"
         Experimenta desafiar alguém a passar um dia sequer sem esse rastreador. Poucos, muito poucos mesmo, aceitarão a solidão provocada pelo mais novo amigo.
       Há ainda aqueles portadores de mais de um celular, cada qual com sua operadora diferente(ora, só liga para alguém de mesma operadora, por isso, a variabilidade telefônica).
        Amantes ou não dessa tecnologia, é fato: já não é concebível a uma pessoa não ter um número individual!

Ramiro Teixeira.