quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

"Que venha 2010..."

     É, 2009 chegou ao seu 31 de Dezembro.
    Um ano cheio de, como tantos outros, expressividades, pelas quais muitas camadas sociais, pacificamente ou não, "mostraram suas caras" em respostas a fatos que mexeram com o modo de pensar e agir das massas. E, de uma forma ou de outra, pudemos enxergar o rebuliço quando "uns se conscientizam" daquilo que querem e precisam, e correm atrás(sem esquecer as datas fechadas neste ano de muitos fatos históricos como "os 20 anos da queda do Muro de Berlim", "os 120 anos da Proclamação da República" e "os 50 anos da Revolução Cubana"). Mesmo que o resultado não seja o esperado por todos nem para todos, a mobilização prova que sempre há uma oportunidade de lutar por mudanças.
     Além do mais, fim de ano é época na qual muita gente faz planos, e quero crer que não há quem não queira melhorar. Esse sentimento é o bastante para provocar uma certa inquietação, seja rever o que e o porquê isso ou aquilo não teve êxito e refazê-lo...ou mesmo assegurar aquilo que está indo bem.
    Um ano marcado por conquistas brasileiras, entre as quais recebemos a oportunidade de sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, e o nosso então presidente Luís Inácio Lula da Silva é eleito o homem do ano por revistas internacionais, ainda que muitos compatriotas seus façam um trejeito pela situação política do país...mais um motivo para "arregaçarem as mangas sociais" ano que vem.
     Entre os crentes de melhorias conjunturais, desejo ao Brasil uma educação de qualidade, em seu sentido mais amplo, sobretudo com o impulso de buscar sempre um novo.
Feliz 2010!

Ramiro Teixeira.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

"410 anos de Natal..."

     410 anos da cidade natalense hoje, 25 de Dezembro. Além de uma história cheia de detalhes primorosos como a construção do Forte dos Reis Magos, a invasão e domínio holandês e a participação na II Guerra Mundial, Natal oferece um extenso território de praias e belezas naturais e de parques florestais, o que para muitos é fonte de revitalização.
      A "Cidade do sol" abrange vários grupos culturais, e até mesmo o olhar menos atento pode perceber facilmente nos vários pontos de encontro espalhados pela cidade. Isso a torna muito visada por pessoas de outras nacionalidades e por brasileiros de outras cidades e estados que vêm para passar férias por aqui...muitos acabam se apaixonando pela "Noiva do sol" e resolvem ficar de vez. evidencia-se assim a importância da economia do turismo para Natal.
     Talvez pouco "explorada" (no sentido belo da palavra!) por seus filhos, ela não receba o devido respeito por tudo que tem, principalmente por suas influências culturais. Apesar de já ter sido tema de enredo de carnaval...
Mesmo não sendo natalense de nascimento, aprendi a admirar sua história como um filho e felicito por mais uma data comemorativa.

SALGUEIRO É SOL E SAL NOS 400 ANOS DE NATAL
O rei sol a brilhar
Clareia meu amor, clareia
Encantou meu olhar
Vagando neste manto de areia
Com a colonização
Deu-se a expansão
Que maravilha!!!
Seu forte é o marco desta terra
Tem o sal que lhe tempera
O ar é pura sedução
Tem jangadas no mar
Mareia meu amor, mareia
Eu vou deitar e rolar
Gostoso e deslizar na areia
Oh! Natal
Meu Deus do Céu, eu nunca vi tanta beleza
Obra da mãe natureza
Cartão postal do meu Brasil
Do turista que se encanta a delirar
Nesta festa popular
Salgueiro é o sol que irradia
Neste dia de folia
E faz aqui seu "Carnatal"
É sol, é sal, é paixão, amor...
Natal é pura emoção, vem brindar...
Bate na palma da mão, a festa vai começar
São quatro séculos de história, pra contar.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

"O tempo da colheita"...

      Supostamente é amanhã, dia 25, o "aniversário" de Jesus. No entanto, as comemorações começam desde hoje, na véspera. Decerto muitos comemoram apenas mais um feriado, ainda mais esse, numa sexta-feira, feriadão! Não, não é lição de moral, como já vi em alguns orkut's e frases de msn no início desta madrugada ou em outras oportunidades ao longo desses meus 25 anos. Mas, sobre o clima que paira sobre nós nesta época natalina, que venho percebendo intensamente desde o começo da semana. É inegável que por estes tempos as pessoas se digam mais abertas a outras, e eu sempre me perguntei o motivo disso.
      Me deparo, então, com a história do casal(Maria e José) que dera à luz o Cristo(longe das discussões se foi precisamente nesta data ou mesmo sobre a paternidade e maternidade, a cronologia e a origem terrena não são maiores que o fato!).
      Trata-se do nascimento de um menino que mudou o curso da humanidade, não sem motivos, marcou uma divisória dos tempos, revolucionou a maneira de encarar o cotidiano, o alheio.
     Quanto mais se busca ter, poder, provar, demonstrar...maior é o choque quando chega o momento no qual temos a certeza de que o simples se sobrepõe a tudo isso. Acho que assim se explica o montante em roupas e alimentos arrecadados em campanhas natalinas, se é um período em que tanto se menciona Jesus e, consequentemente, sua maneira despojada. Para os cristãos, é fonte de recomeço.
       Ao longo de "sua narrativa", é o que mais está presente em seus atos: o dom de eternizar o humano, de promover uma oportunidade. E se é disso o que mais se precisa, sem perceber as pessoas buscam ouvir e fazer o que lhes complementa, o bem. Embora tudo se perca novamente em meio às correrias.
Quem dera a comemoração não parasse no dia 26, e aquilo que escandalizou, às avessas, outrora, pudesse outra vez eclodir.

Ramiro Teixeira.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

"Autografias..."

      Autógrafo é um registro dado por alguém a outro, que o admira. Quem nunca pediu um desses não pode se aventurar em criticar quem já o fez...trata-se de uma prova de um contato com aquele(a) que de uma forma ou de outra transcreve o que nos permeia(ora, o fato de falar com algum destaque dá status com as classes), além disso, é como se "assinássemos em baixo" o que o suposto ídolo (re)produz.
    Longe do ingénuo fanatismo, que nesse caso é uma paixão excessiva, esquecendo de si próprio, e mais que o simples gesto de pedi-lo a uma figura pseudo-importante para a sociedade, poderíamos multiplicar as idéias que tanto fazem muitos passar por um papel...bobo, pois o mais importante não é cultuar quem tem ou divulga uma
idéia, mas, trabalhar para que esse admirável pensamento se torne real e cotidiano. Caso contrário, corre-se o risco de alienação, e o indivíduo não pode se sobrepor ao social, embora o construa.
      São muitas as autografias para se formar uma sociedade, cada uma com sua reprodução na luta diária, umas com maior outras com menor destaque, porém, com a mesma importância. Reconhecidas ou não, tantas são dignas de admiração e merecidas de se "tirar o chapéu".

Ramiro Teixeira.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

"Dia do teólogo..."

      A Teologia se propõem a nos ajudar na compreensão de Deus. E dependendo do grau de seriedade com que se encara tal estudo, chega-se a conclusões que por muitas vezes parecem contrariar tudo aquilo aprendido. Tive a oportunidade de compor uma turma de estudantes de Teologia Católica, no ITEPAN(Instituto de Teologia Pastoral de Natal)e por curtíssimos e valorosos dois anos presenciei calorosas discussões. Não foram poucas as vezes(diria até que de todas as aulas) que sai da sala com algo diferente e empolgante sobre Deus. Essa Ciência se utiliza das "revelações" feitas por Deus ao longo da história para mediá-Lo com a humanidade.
      No entanto, mais importante que conhecer a visão de uma doutrina em torno de seu criador, é saber que Deus jamais subjuga alheios.
    Ora, certa vez perguntaram a Jesus quem era o próximo, prontamente contou-lhe a parábola do "bom samaritano" e disse que "o próximo é aquele de quem eu me aproximo". Eficácia!
Eu diria que se torna impossível não se aproximar de alguém! É como disse um palestrante teólogo(reservo-me a não citar seu nome), ele trocaria todo seu estudo no qual aprendeu sobre misericórdia divina pelo que sua mãe demonstrava em seu dia-a-dia: que o céu se faz na vida de cada um, basta que tenha "próximos" para apontar-lhe...a cada dia tenho mais provas e certeza desse fato.
     À parte os paradoxos religiosos, é a essência de religar o divino e o humano, o humano e o humano que precisa sobressaltar as relações cotidianas.

   Aos "teólogos informais" do dia-a-dia..."quem no pouco se encontrou, aprendeu multiplicar, descobriu o dom de eternizar"(Contrários, Pe. Fábio de Melo)...belo trabalho!

Ramiro Teixeira.

domingo, 15 de novembro de 2009

"A república..."

     Há exatos 120 anos era vivida a Proclamação da República. Essa forma de governo designa algo direcionado a todos. Pelo menos era esse um dos pensamentos que regiam uma minoria "elite" brasileira, que lutava para defender seus interesses...contra a arbritariedade imperial, no caso. Bem, se essa estrutura executiva contempla a todos mesmo, é oura história. O fato é que precisamos, estando desta vez do lado majoritário, ir em busca dos próprios objetivos.
     Ora, cada um sabendo o que lhe é favorável, fica bem mais fácil tal trajetória. Quando conhecemos nossos direitos, sem esquecer os deveres; onde estão as falhas e como corrigi-las, é possível uma virada na situação.
     Sim, porque "ficar na janela para ver a banda passar", se acostumando com tudo que ela toca, é o mesmo que reviver o "pão e circo" romano. Um pouco de consciência individual para agir socialmente não há de fazer mal a ninguém. No entanto, são tantas as preocupações em "ter isso, ter aquilo", ter status, que por vezes não me admira a mesquinharia tão vigente em nossa "democracia". Está bem, e os alimentos e roupas arrecadados em campanhas de fim de ano? Certo, mas não acredito que as pessoas vivem apenas com isso. E a dignidade?
     Dignidade é algo do qual todos deveriam gozar, porém, não são muitos que têm oportunidade para tê-la. Sendo assim, há algo de errado em nosso movimento republicano, pois é excludente.
    Comecemos, então, a priorizar a cidadania. Uma República deve assegurar os direitos políticos e civis de seus cidadãos. E me arriscaria a dizer que esses direitos começam com uma boa educação.

Ramiro Teixeira.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

"Muros de Berlim..."

     Há 20 anos caía o "Muro de Berlim", 09/11/1989, e supostamente a barreira mais gritante do século XX, divisor dos ideais políticos, econômicos, culturais e sociais. A disputa entre o capitalismo e o socialismo pelo controle mundial, cada um pregando sua ordem como a salvacionista.
    Imagino como as pessoas agiram ao se depararem com a "estrada livre". E mais, com a liberdade de exprimir o que lhes tocava, tudo aquilo que há muito estava guardado, não apenas pelo concreto, mas, pela nuvem autoritária sobre suas cabeças impondo-lhes o regime que deveriam seguir; a oportunidade de reencontrar aqueles que fizeram parte de suas vidas, a satisfação de algo novo. No entanto, não é em política propriamente dita que quero falar.
     Como canta Belchior: "quero uma balada nova..." e como é gratificante ver os muros caindo, os regimes suplantados, ideologias surgindo. Tudo isso torna o indivíduo sentir em si mesmo que deve mudar, e essa mudança traz benefícios, traz alívio, traz expectativas.
     A história "é feita" de conquistas, e quantos homens lutaram pelos direitos que temos hoje, acreditaram em seus ideais comuns com os de outros, sem gozar de hegemonia, porque não existe algo perfeito para todos, e se houvesse, começaria pelo respeito mútuo, base de qualquer relação...quem dera fôssemos claros o bastante para compreender que não precisa-se de imposição para viver longe de ameaças. E como nem tudo é completo ou exato, começaria indicando as letras de um tal Belchior!

Ramiro Teixeira.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

"Muros do país"...

       Às vezes me pego imaginando o que Belchior quis(quer) dizer com o "eu prefiro andar sozinho", na música, sei lá...mesmo com o contexto de sua obra, não me arriscaria a dizer que foi por causa da ditadura, ainda que tenha sido. Enfim...
     O fato não se esconde em desdenhar o "braço" de outra pessoa, mas expressa-se no que diz respeito ao próprio ser humano ter capacidade de escolher seu caminho, sem que tenha que dar crédito ao que todos dizem e acreditam, menos ele mesmo. Seguir aquilo que seu coração suscita, porque nos direcionamos tanto para o que as pessoas nos apontam, que por vezes é preciso "gritar", como a música. Não, não se trata de individualismo, mas, de ter as próprias convicções! Vê-se as coisas um tanto quanto "paradas", sem uma reação mais enérgica dos indivíduos, sem propósitos reais em boa parte da juventude. Me pergunto se o sentimento que fez com que muitos lutassem contra um tal regime sumiu entre os que têm forças para reivindicar os direitos adquiridos...muitos sonhos ainda podem ser alcançados("...porque bate lá meu coração...")
     Ora, se "a felicidade é uma arma quente", é para nos fazer mais fortes na busca dos objetivos. Ao mesmo tempo, esse "caminho"(os muros do país) vai ganhando nossa forma, nossos sonhos, nossas letras, nossas verdades, ainda que o tempo nos molde, pois nos ensina a usar melhor o que acumulamos. E se fomos leais ao que buscamos, sendo também a nós mesmos, teremos muita coisa boa a deixar por esses muros, que cercam tudo por onde as pessoas andam e estão a cobrir novos horizontes e perspectivas alheias. Passarão não mais a separar, mas a dar certeza de que sempre há um novo, não como ameaça. Como sociedade!

Ramiro Teixeira.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

"Dia dos professores..."

     "Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano."
     Comemoram-se muitas datas, no entanto nem sempre sabe-se o valor e o propósito de tantas. Não menos importante é dar o valor devido a esses profissionais, dos quais dependem todos os outros. Afinal de contas, médicos, engenheiros, advogados e também professores(são os mais "populares", mas incluiria muitos outros ainda!) passaram pelo aprendizado de seus professores, ou mestres, como queiram.
      Ora, se "há maior felicidade em dar que receber", é, então, uma vida cheia de realizações. Passam a ter considerável parcela na formação social, e, quando assumem seu verdadeiro papel, de educador, podem sim transformar a sociedade, porque fomentam valores indispensáveis ao ser humano. Não esquecendo que eles são seres humanos, e, portanto, também erram, como qualquer outro.
    Um muito obrigado aos professores que eu tive...logicamente que tenho vários nomes de cabeça, porém, não me arriscaria a citar alguns...sucesso a todos!(seria bom se algum lesse isso!)

Ramiro Teixeira.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

"Pluralidade..."

     Ora, em meio à "democracia que vivemos", podemos encontrar toda e qualquer tipo de produção, seja cultural, artística, profissional, amadora etc. Vemos também as diferentes maneiras de reação do ser humano quanto às diretrizes que a sociedade toma por norte. São as mais diversas formas de expressões, religiosa e política, por exemplos, que dominam em massa a ponto de a tal "democracia" deixar de lado uma de suas principais "armas"(a liberdade!).
     A pluralidade, e não seria redundante dizer na sua mais abrangente definição, torna mais rica as relações sociais. Pena que ainda muitos não se permitiram o "luxo" de conviver de forma amigável e verdadeira, no mínimo tolerável, com seus dissidentes. Afinal de contas, como diz o Diácono Nelsinho Correa(da Comunidade Canção Nova, Cachoeira Paulista-SP): "as diferenças não são barreiras, e sim, riquezas"...(ah! eu demorei um bom tempo para concordar com isso!).
    Certa vez eu participei de um congresso de âmbito nacional da Igreja Católica, e pude perceber, entre outras, duas coisas: 1ª mesmo dentro de uma esfera comum, há muitas diferenças...2ª com as diferenças aprende-se a ceder sem perder a própria identidade.
      Não, não estou tratando de ecumenismo cristão, que é um ótimo tema, por sinal. Mas, de convivência humana apenas, mesmo por que o cristianismo é uma linha em meio a tantas outras, seria um tanto quanto egoísta falar disso nesse momento. E não é válido tornar escravo a meu bel-prazer aquele que não quer a "liberdade" igual à minha e procura "escravidão" diferente da qual me escondo...desde que haja respeito e tolerância entre as pessoas, é perfeitamente louvável a crença alheia...quando tal grupo entende que não é o único, tudo isso se torna bem mais fácil, quando não se prende a meras regras nem a propósitos incabíveis, o trato torna-se singular e possibilita a diversificação da qual tanto precisamos e a qual tanto buscamos.


Ramiro Teixeira.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"Fruto..."

     21 de Setembro: aniversário de cinco anos do meu filho, Emanuel(bem, Emanuel pode ser traduzido como 'Deus conosco', na língua hebraica)!
     Ter alguém que saiu de sua carga genética crescendo, se desenvolvendo, tornando-se "grande", cada vez mais, aos seus olhos é algo que palavras poderiam até ensaiar, no entanto, não teria a perfeição da vida real, pois, se traduz como(claro que com as devidas proporções guardadas, e muito bem guardadas!) um recém-formado cheio de teorias e vivendo, agora, na prática tudo o que lhe foi dito.
     Percebe-se, então, que "vivera" as experiências alheias, e aquela voz te chamando de pai sempre soará um motivo para enxergar as belezas que se sobrepõem ao que muitos insistem em apontar como retrocesso.
      Ora, são tantos os que falam sobre a vida, porém, quando geramos outra, todos os conceitos fogem à regra, passamos, então, a não mais pensar só por um, nem em mesquinharia... o mundo se expande à nossa frente, a ponto de não nos reconhecermos mais nos detalhes que nos são exigidos.
       Como canta um poeta, sim, como canta um poeta, e reservo-me o direito de deixá-lo no anonimato(como se assim pudesse fazê-lo):

"amar: o coração muda de lar, conjugação muda de tempo, o que é de fora fica de dentro..."

     Um dia cheio de felicidades e lembranças para muitas outras datas vitalícias, meu querido!

Ramiro Teixeira.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

"Trilogia..."

     É, essa semana foi cheia de datas interessantes: 07/09, Independência do Brasil; 09/09, coincidências numerológicas, e 11/09, aniversário do ataque às torres gêmeas nos EUA.
     E quanta repercussão teve essa última, não desmerecendo, é claro, as outras. Eu tinha 17 anos e estudava o 3º ano do ensino médio, e lembro-me bem de como recebi a notícia...Isaac, um amigo que perdura até hoje:

"rapaz, os caras sequestraram uns aviões e derrubaram umas torres nos EUA..."

     Desencadeava-se ainda mais o caos no mundo. Terror, destruição, morte, pânico...especulações, insegurança...inseguranças...cuidados, segurança, fortificações, militarismo, força-tarefa.
      Longe de mim apontar vítimas e culpados disso ou daquilo. Mas, até onde nos leva ou levará o desejo de mostrar o poderio(bélico)? E tudo isso com a intenção de se defender. A melhor defesa é o ataque, sei lá...depende de como atacar. Decerto, para "eles, os bélicos", os fins justificam os meios(ô, Maquiavel!).
     Em meio às tantas consequências que sofrem os vitimados, penso que a primeira é o desrespeito, pois não se leva em conta o que a pessoa construiu ao longo de sua vida, o que tem por valor, por objetivo, por esperança...e tira-se seu "chão" para mostrar-se superior. No mínimo mesquinho.
     Aos tantos ataques que sofremos em nossas estruturas e aos que também nós fazemos.
    Bem que poderíamos canalizar este poderio para fazer algo construtivo, literalmente!

Ramiro Teixeira.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

"Pontos em comum..."

     09/09/09, para quem é adepto de simbologias, talvez essa combinação seja eficaz...ao menos é interessante. Hoje muitas pessoas usaram-na para alcançar sucesso em suas decisões: casamentos marcados, publicação de livros, lançamento de filmes e produtos etc. Outras ainda se guardaram de qualquer empreendimento, remetem a data à má sorte.
     Sempre procurei associação nas datas diárias, usá-las com operações matemáticas na tentativa de zerá-las, ou até mesmo igualar os números, mas, para uma intimidade com algarismos, não pela conspiração secular.
      Ora, atribui-se muito ao universo, às constelações, qualquer sucesso obtido, seja pela lei que se segue ou pela lei seguida por outros. Facilmente encontra-se um certo misticismo no dia-a-dia, mesmo havendo esoterismo.
      Cada crença que se ache um tanto quanto pragmática, fazendo-se descrente de certos pontos de olhares alheios. Aprendi a respeitar, e melhor, entendi que não se deve depreciar o de outrem, pois, trata-se daquilo que lhe foi ensinado, provavelmente, durante uma vida...é a sua cultura, é sua herança. A minha teoria(a de cada um) é tão falha e insignificante para outra pessoa quanto a dela seria para mim.
       Tendo a mesma razão mística ou não, simbólicos ou não, os "regentes" dos nossos passos são sempre causadores de impactos imprevisíveis pelos viajantes.
   Como "diz", em rodapé, a TEB(Tradução Ecumênica da Bíblia), "caminhante, o caminho não existe, o caminho se faz caminhando..."
Anos antes escrito por Belchior, cantor e compositor, na música "Alucinação": "eu não estou interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia nem no algo mais. Nem em tinta pro meu rosto ou oba oba, ou melodia para acompanhar bocejos, sonhos matinais...longe o profeta do terror que a laranja mecânica anuncia. Amar e mudar as coisas me interessa mais".

Ramiro Teixeira.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

"quero uma balada nova"...7 de setembro

"Já me acostumei...a bater no peito dia sete do nove..."(Alexandre Malaquias)

     "independência ou morte"!
...longe das discussões históricas ou mesmo de meras explicações de um Brasil não tão distante(visto que isso se deu há 187 anos e que o país figura com pouco mais de quinhentos dentro de milhares...e por que não de milhões?), "aos trancos e barrancos", como de costume, vamos nós repetindo os papéis, mudando apenas os intérpretes de um ciclo, não sei ao certo se vicioso, no mínimo depreciativo.
    "Alguém" mais poderoso(o rei) sempre aparece para nos tirar ainda mais. "Outro" com menos autoridade(o príncipe), mas, querendo mandar igual, desafia. E nós só concordamos, mesmo que essa não seja a opinião própria.
Independência mesmo? Ou será a morte dos valores nem consolidados até então?
    Decerto a arma que se tem para realmente independer é facilmente manipulada por aquele que desafiou o gigante mais poderoso que sempre quis afanar. E num jogo de passa-e-repassa, avalia-se somente o que foi perdido(a liberdade). Ora, se um voto é trocado por um trocado, vale, então, o "luxo" da prisão que escolhermos(ineficiência na saúde, na economia, na educação?-aberto para mais sugestões!), que fatalmente será um passo antes do definhar. Ao menos o povo já participa das decisões, ainda que venham contra...sei lá, depender desse ou daquele tem a mesma conformidade.
     Quero participar quando o próximo "grito"(que não seja apenas eufórico)for de fato do povo.

Ramiro Teixeira.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

"...tanta gente já passou..."

    Procuro descobrir e entender o que se passa pelos pensamentos de um cobrador de ônibus(em alguns lugares, trocador, e, por vezes, mulher!)
     Durante uma "viagem", 1h30m, 2h, mais ou menos, recebe o dinheiro, o ticket's, o passe estudantil, o cartão de passagem, a identificação, a autorização, "boa viagem" ou não, nem desejam, já é tão repetitivo.
      Quantas pessoas já o viram frente-a-frente...outras, só o perfil...outras ainda nem o notam. Como seria se recebesse "um bom dia", "boa tarde", "boa noite", "bom serviço", "bom fim de semana", "bom feriado" etc. O companheiro de quase todos os dias, os mesmos horários, o mesmo ônibus, a mesma linha, a mesma trajetória.
   Passam-se despercebidamente, passageiro e cobrador. Parece que ser indiferente tem ar de superioridade("se eu não me dirigir a ele, a sua presença em nada me acrescenta"...tolice!)
     Por outro lado, é capaz de desenvolver a percepção. Sim, observar os gestos, as facetas, as caretas que definem a personalidade. Afinal de contas, os transeuntes "acomodam-se" em seus afazeres(estudam, calculam, priorizam, resolvem, enfim) durante a viagem e dão uma amostra da personificação da natureza humana.
     E ele ali está, expectador da vida como ela é, e ainda recebe por isso.
     Um show de humanidade misturada com a atenciosidade do motorista...e ele ali...elo entre esses "dois mundos".
   Não sei se o próprio percebe isso, mas, no dia em que o fizer e tiver a coragem de vivê-lo, será um dos poetas mais brilhantes. Se for mulher, prestativa como é, então!

Ramiro Teixeira, 23/02/2008.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

"Ensaio?..."

"Quando eu estou aqui eu vivo esse momento lindo(...)e as mesmas emoções sentindo(...)"

     Até por que temos apenas o dia de hoje como mutável(o agora, para ser mais preciso!). Deveria ser vivido da melhor forma possível mesmo. Ora, seria uma boa recordação para narrarmos.
    E, no caso de ser o nosso último, uma "boa herança" para os pessimistas. Sem fugir do que nos é reservado, mas, criando novos rumos para tê-lo a nosso favor. Essa foi a dinâmica de Cristo(lógico que Ele projetava o amanhã, no entanto, lançava-se de maneira ímpar no que estava vivendo, a ponto de contagiar a muitos que lhe margeavam, apontando-lhes suas "águas mais profundas", onde superar-se.)

"(...)em paz com a vida e o que ela me trás(...)"

   Assumiu com postura seu legado, mostrou a fragilidade humana, assemelhando-se. Contudo, "rasgou o véu celestial" para que os mesmos frágeis outrora pudessem reconciliar-se e recobrar as próprias vidas, traziam um jugo que já não precisavam. Fez-se ponte da mais sublime, na forma mais cruel para seus acusadores(seu acusador!), e na menos compreendida por seus eleitos. Mesmo assim, venceu em si aquela que os assombrava, a corrupção(não a corrupção da carne, essa já é perecível, mas, a da alma), num alto grau de doação.

"(...)na fé que me faz otimista demais(...)"

    Devolveu-nos a expectativa de algo melhor, diferente do que aí está. Vislumbrando um "mundo e tempo novos", onde não há espaço para o medo e a insegurança a tirar-nos do caminho. Ora, o "justo viverá pela fé" e "aquele que perseverá até fim será salvo", mas, no seu dia-a-dia, a cada passo dado, a cada decisão tomada, a cada erro cometido(porque, como canta Luís Carvalho, da Comunidade Recado, Fortaleza-CE: "se eu errar, verei outro amanhã"). É a possibilidade de uma nova chance.

"(...)se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi."

     E essa foi uma de suas lições. Andou no meio de muitos, do menor ao maior. Vivenciou...viveu seus "capítulos"!

    Não há quem o resuma, óbvio, e, como diz o evangelista: "nem tudo foi escrito...dariam muitos mais livros."

Ramiro Teixeira.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

"Sua sapiência não tem preço(mulheres)"...

     Saber ler ou escrever. Saber ler e escrever bem. Nem um nem outro. Comunicar o que se tem de mais valioso...assim o faz a mulher.
        Eruditas ou não, quando se propõem a canalizar a obra divina, conseguem com tanta desenvoltura que simplifica-se o mundo...o mundo diminui, as distâncias encurtam.
      Por mais que sejam os padres, homens consagrados, que transubstenciem pelo Espírito Santo, são elas, as mulheres, que "cotidianizam" em nosso meio a presença de Jesus, ou seja, o "já e ainda não" católico.
Através de uma, Eva, abundou o pecado. Através de outra, Maria, superabundou a graça. E quantas outras "Marias" ainda há? Não sei. Mas, acredito, são bem mais expressivas que as "Evas" perdendo tempo ouvindo e seguindo bobagens.
      Quantos mais adjetivos para a feminilidade humana? Vários, com certeza, porém, feminino, por si só, realiza a razão de sê-lo.
    Vaidosas como são, se arrumam, se penteiam, se vestem, revestem-se, colorem, descolorem, plantam, frutificam...são os frutos de Deus.
    Amarguram, poluem os pensamentos, os sentimentos do mais valente másculo(nessa hora despede de si a bravura, dando lugar à clausura, talvez).
     Quantas canções namoram as fêmeas? (desculpe) namoram as mulheres? inúmeras, incontáveis. Por assim dizer, algumas nem escritas...inenarráveis...de tanto darem demonstrações convincentes da secundária alma masculina.
     Quando fogem do seu papel, encurtam seu brilho. Não o perdem, mas, ofuscam o que todos, sem saberem, desejam ver. E mostram o que acham certo...nada prudente. Mal entendido, sim. Não é o que queremos: disfarces, embustes, encartes. Nada de tudo de fora. Isso apenas incita ao prazer.
Guardar-se, sim, gera desafio, dificuldade, curiosidade...valor, amor."Labirintos prazerosos de se perder", ironia, não causam horror.
É o melhor caminho.

Ramiro Teixeira, 10/03/2008.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"Obrigado"...

"(...)minha mãe juntou as minhas mãos ainda quando eram pequenas e me falou que tinha um Deus que era um tal papai do céu. Que era Pai!(...)"

     Eu me dei conta disso quando minha mãe me parabenizou hoje pelo meu aniversário, 17/08, por sinal, 25 anos, e ao passar a tarde com meu filho, Emanuel. Ora, criou-se algo tão próprio em nossa data de comemoração anual que por hora até "esquecemos" de agradecer a quem nos educou dia-a-dia. E vale ressaltar que ela sendo evangélica(protestante, crente, enfim, como queiram!) nunca me impôs o cristianismo, muito menos o seu cristianismo.
     Na verdade sempre exercitou comigo o livre arbítrio deixado por Deus. No entanto, seus atos impõem, mesmo sem querer, o que Cristo pregou: "amai-vos uns aos outros como eu vos amei" e "amai ao próximo como a si mesmo".
     É normal que os filhos super-valorizem seus pais, eu sei. Para uns, é até exagero, porém, só para aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer sobre quem se está falando...mãe é mãe, meus caros! Pude perceber que neste dia se faz muito pelo aniversariante, e quase nada, talvez nada mesmo, pela genetriz.
      Por tudo isso, remeto a ela todas as felicitações que me foram feitas hoje...é com ela que aprendo a receber o que me é dado, sobretudo, a vida, moldada, como a simples descrição deste blog diz, "com o tocar das mãos de seu Criador", nem sempre afável, mas, educador...Pai!
     Logicamente não esqueço do meu pai sanguíneo, porém, hoje é um olhar, por assim dizer, mariano.

"(...)e não sabem dar valor pra essas coisas, ter um lar é um tesouro.
Meu Deus, como seria bom, seria bem melhor se fosse sempre assim.
(...)seria bem melhor pra cada um, e assim pra todos nós!!!"
(essa música é "Cara de família", de Grecco)

Ramiro Teixeira.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

"Rastros da beleza"...

    Em contra-partida ao "essencial é invisível aos olhos", de "O Pequeno Príncipe", a beleza é, de certo modo, exigida a tal ponto que algumas pessoas impõem sobre si regimes um tanto quanto ditatoriais, deturpando, assim, a verdadeira imagem proposta.
       (...)
     Nesse caso, estão sempre a agradar aos outros, não importando o próprio bem-estar. Na realidade, dificilmente alcançarão as "exigências" dessa ditadura, cada vez mais distantes, já que estão dentro de futilidades. Ora, o corpo físico padece e se corrompe.
     Felizes, e portanto, belas, são as pessoas que buscam a paz natural(saúde, família, trabalho etc.), transparecerão a beleza interior, capaz de, desculpe a redundância, embelezar o mundo, pois, permanece e transforma as pessoas por inteiro. Toca o verdadeiro sentimento.
      O prejudicial não é a busca pela beleza, mas, a submissão apelativa.


Ramiro Teixeira, 17/12/2007.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

"Socialmente justo?..."

     Até que ponto as posições socais nos fazem pessoas melhores que outras?
     É o desejo de "ter status" para "ser" importante, Como se aquilo que temos, por mérito ou por fraude, como queira, designasse quem somos de fato. Ouço muito a expressão "o homem só vale o que tem", entre outras, e ai daquele que discordar! São valores totalmente invertidos, onde a humanidade como ato perdeu espaço para os próprios seres humanos que já não agem como tal, e caminham numa busca desenfreada pelo poder, seja ele qual e como for, de preferência, contínuo.
    É um clima de desconfiança, de descrença, de desprezo corrompendo as várias classes sociais, impondo-lhes um jugo maior do que suas forças podem suportar...vê-se, então, o que aí está, primeiramente a não educação, gerando o desrespeito para com qualquer tipo de idéia, aliás, reforça apenas o ideal capitalista exagerado, o consumismo compulsivo(ora, "se o próprio Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça", e esse é um ponto a ser explorado depois ). Esquece-se, pois, a importância do indivíduo por aquilo que ele é em sua essência, filho de Deus, "com D maiúsculo". Nesse caso, meu caro, perdeu-se a noção há muito.
     Talvez seja por isso que o homem queira sempre mais para si mesmo, não se importando com aquele menos favorecido.

Ramiro Teixeira.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

"Liberdade" e "paraíso"...

      Recentemente vi a foto em um celular de uma placa, nela estavam escritas as palavras "liberdade" e "paraíso". No entanto, cada uma tinha uma seta que apontava para uma direção diferente da outra. Enquanto a primeira estava para a esquerda, a segunda estava para a direita.
       Imediatamente me perguntei que seta seguiria.
     Ora, se falarmos da liberdade da qual precisamos, estaríamos distantes do paraíso, mesmo crendo no contrário. Se tratarmos da que gostaríamos de ter, parecerá que estamos no maior e melhor gozo, ao menos momentaneamente...sucumbiria.
     Muitas vezes a nossa liberdade traz a prisão alheia. Por outro lado, pensar somente nos outros significa esquecer de si mesmo, e isso nem sempre é fácil.
     Melhor seria se ambas na placa estivessem associadas para um mesmo lugar, e que não precisássemos escolher, porque isso exige a renúncia de uma.
   Quero a liberdade que traga o paraíso...e o paraíso conquistado pela liberdade... a de escolher certo.
    Ainda bem que é só uma placa...e se realmente fossem separados, como muitos crêem?

      Seria um caos, como verdadeiramente é!

Ramiro Teixeira, 10/07/2008.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

"Nossos jardins com flores..."

     Como a Bíblia nos "mostra", Deus fez o Jardim do Éden...imagino que o cultivou com todo zelo, cada planta, cada flor, cada rosa e tudo mais que um belo jardim possui.
     Bem, eu não entendo de jardins, porém, os admiro...quando bem cuidados, então!
     Quantas pessoas, ao comprar uma casa, se encantam quando se deparam com um, ou mesmo buscam plantá-lo no quintal? Verdadeiramente são espaços que embelezam o ambiente.
    Ora, se Deus cuidou tão bem do seu, é porque acha importante que o façamos também.
     Há quem até modifica os espinhos que crescem em meio às mais belas rosas e flores...outros não cuidam tanto do seu, as flores murcham, esses podem tirar o encanto de qualquer outro, e perdem o desejo de ter o seu próprio, passando a usufruir apenas das "flores alheias".
     Deus vem resgatar a nossa vontade de querer o próprio cultivo, não como atitude egoísta, é pela necessidade humana de preservar a vida dada por Ele.
     Esse resgate não implica em vida fácil, sem espinhos, sem problemas, sem luta, sem suor. Vem com a força suficiente para realizar o que é preciso na vida de cada um.
     Conflitos, dúvidas, incertezas, insegurança de nós mesmos em nós mesmos sempre haverá...e o quanto isso nos tira o sossego...é a mão e o erro humanos nos desalinhando, afinal de contas, somos limitados apesar de "imagem e semelhança". E como é difícil reconhecer a mão divina, a palavra dirigida, a vontade a seguir, o espinho a destruir(esse nem sempre fere ou mesmo nem o faz).
     Ofertas nos são feitas, situações apresentadas, estradas apontadas, caminhos indicados, uns com boas intenções, outros nem tanto.
É preciso, pois, paciência e cuidado em cada cultivo no "jardim".

Ramiro Teixeira, 23/09/2008.

sábado, 1 de agosto de 2009

"Porquê..."

"...a arte de viver da fé, só não se sabe fé em quê"(Hebert Viana)

     Ao menos a Bíblia traz, no livro aos Hebreus, uma explicação sobre fé: "é o fundamento da esperança, a certeza a respeito do que não se vê."
     Depositar em algo sua confiança de que dará certo esse ou aquele objetivo. Com isso em mente, preparar caminhos para alcançá-lo. Ora, considerando o Brasil um país de maioria populacional cristã, atribui-se essa confiança a Deus, embora, sejam vários desses exemplos forjados em histórias não experimentadas nem vividas de fato por aqueles que as atestam. Tornam-se comum também o abandono dessa crença cristã verdadeira e a adaptação a outros meios de sucesso, por assim dizer. As escrituras nos alertam para isso.
     A apostasia, abandono da fé, vem como divisor entre os cristãos. Ela aponta a imaturidade dos que abraçam tais ensinamentos e não conseguem ter certa constância ou têmpera em seu caminhar, desfalecendo justamente onde precisam recobrar-se, "na fraqueza(...é que sou forte").
     Ao visitar a Grécia e ver vários monumentos com inscrições do tipo "a um deus desconhecido", Paulo de Tarso viu a nessecidade de apresentar, assim como é, Aquele no qual depositava sua fé. Os gregos, extremamente sábios, louvavam algo que lhes era estranho. Adoravam vários deuses.
     Hoje perceber-se, (por que não dizer?), certa semelhança com os antigos. Nos encontramos cada vez mais na descrença salvífica divina, onde as coisas boas são frutos de pura sorte ou ainda de outros meios de leitura previsiva...e as tragédias são culpa de Deus. Esquece-se, pois, o discurso de Jesus no Sermão da Montanha e quando falou das preocupações exageradas quanto ao dia de amanhã(Mateus, capítulo 5 ao capítulo 7)...queria ao certo confirmar as promessas do Pai com seu povo, todos nós. Dessa vez, sendo o próprio Cristo o motivo de sabermos em quem ter fé, fundamentando com sua vida na forma humana e com sua esperança na forma espiritual e divina.

"Não sereis como as ondas... agitadas pelo vento, vão de um lugar para outro." (Pedro apóstolo)

Ramiro Teixeira.

terça-feira, 28 de julho de 2009

"Às claras..."

     Sempre há a possibilidade de um livro preferido deixar de sê-lo, considerando que muitos ainda não foram lidos. No entanto, na lista daqueles que já me fizeram viajar por várias histórias, merece destaque(não que os outros da lista não sejam bons, na verdade o são também), "Chão das Almas", de Moacyr de Góes.
     Em breve resumo, o livro percorre a ficção romanceando a realidade vivida entre 1930 e 1946 em Natal, no Rio Grande do Norte, pincelando com maior destaque o movimento de 1930, o levante comunista de 1935, o Estado Novo, entre outros marcos da História. Para quem gosta de conhecer o passado de sua terra, é uma ótima leitura. E mesmo para os mais desinteressados, acredito que essas páginas por si só causam verdadeira paixão pelos becos e cotidianos do bairro das Rocas da época e pelas fugas para o rio Potengi. Por sinal, é de uma bela descrição desse rio que vem o título do livro.
     Com o subtítulo "romance e história", não poderiam faltar narrações de casos amorosos, desde os mais ordinários aos extremamente prazerosos...
Trata-se de um olhar minucioso de mais um mestre das letras explorando o que o povo tem de mais célebre...seu dia-a-dia, entrelaçado com os rumos da sociedade que luta por seus ideais, quem sabe, por seus direitos.

Ramiro Teixeira.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

"É, as mudanças..."

     Os dias sempre recomeçam, a angústia e a dúvida que nos assolam ao dormir, e que não nos deixam dormir, parecem mais frágeis ao amanhecer. Eu diria que a arte de ver as pessoas caminharem na matina, ouvir o gorjear dos pássaros ou ainda o próprio movimentar dos estudantes, dos trabalhadores ou simplesmente dos que acordam cedo sem atividade específica, e isso é perfeitamente discutível, ou seja, a oportunidade de presenciar o desenrolar dos outros nos impulsiona a, pelo menos não querer dar um nó, querer resolver.
     Realmente, tudo isso não diminui os problemas, porém, nos faz "levar as talhas de água" para que sejam transformadas no vinho do qual precisamos.
     Não se contagiar com o amanhecer seria não acreditar na realização do dia... mesmo um dia chuvoso como esse, literalmente!
     Apesar de tantas perdas, parece que algumas pessoas não se habituaram a mudanças. Ora, se o próprio Cristo disse:
"outrora éreis...agora, sois",
em outra ocasião, falou a Simão:
"vinde, e te farei...",
posteriormente, Paulo de Tarso disse:
"não vos conformeis com esse mundo..."(desculpem, também não lembro da localização bíblica), sempre a Palavra nos propõe mudanças.
     Obviamente algumas, não as propostas pela Bíblia, são desnecessárias, sem mencionar a célebre frase popular: "há males na vida que vêm para o bem". O que quero compreender é o fato de termos a expectativa do novo, do surpreendente, não como o fim de tais coisas, mas, no diferencial que a vida nos reserva.
     O que é feito daqueles que passam a vida toda sem "novidades", em relação aos que constantemente experimentam o novo no que fazem?

Ramiro Teixeira, 27/05/2008.

domingo, 26 de julho de 2009

"Saborear a vida..."

     Saborear a vida: esse é o título de um dos livros do saudoso Pe. Léo(Comunidade Betânia). Por sinal, ainda não o li, mas, percebe-se que é bastante sugestivo. No entanto, não é sobre o livro em si que são estas palavras.
Ora, saborear é sentir o sabor...bem simplório.
(...)
     Imagino que podemos comparar, logicamente que com as devidas proporções guardadas, a vida com aquilo que saboreamos. Bem, quantos de nós já experimentaram os sabores da vida? Para muitos, tornaram-se até dissabores. Mais que isso, penso que, ao prová-los, é possível corrigir os erros que os tornaram assim.
     Quantos maus tratos recebe a nossa vida, muitas vezes causados por nós mesmos? E o que podemos aprender com eles? Simples: possibilidades para minimizar futuros possíveis erros e desencontros. Afinal, se prestarmos bem atenção, veremos que a vida sempre nos presenteia com belos e duros ensinamentos, eles podem ser tranquilamente os seus sabores. Por hora, alguns não tão agradáveis, até mesmo desagradáveis; outros não tão apreciáveis...contudo, saborear a vida é provar sim seus sabores, aproveitando sempre a melhor parte...
(...)
     Sabe aquele olhar de Jesus na Bíblia, e que sempre o tem, ao enxergar a necessidade das pessoas? Olhar de igualdade, de ver algo melhor em nós e que possa superar tudo que temos de dissabores. São tantos os exemplos, porém, gostaria de citar um.
     As irmãs Marta e Maria. Uma preocupada com a "festa", com o banquete para o convidado(o que é uma maneira de cuidar), e outra que enxergava apenas o visitante, aquilo que ele melhor oferecia, sua palavra, e dava-lhe também sua atenção, o que ela tinha de melhor(também é uma maneira de cuidar)...
     Pergunto-me qual das duas pôde aproveitar-lhe melhor o sabor, a que o serviu ou a que encheu-se dele?
     Jesus falou que quem buscou escutá-lo se preocupou com a melhor parte.Imagino, no entanto, que aquela que preparou toda a "festa" parou para escutá-lo, porém, bem depois, assim perdera o início de suas palavras. Ele falara isso não por ser egoísta, mas, por ensinar os atalhos da vida.
     Ora, não é saudável que nossas atividades nos escravizem nas piores partes, na fuga do nosso próprio viver, por exemplo. Ele mesmo nos provou isso:

fez do seu cotidiano uma preparação para o próprio martírio...
fez da sua morte uma causa do espanto de outros...
e da sua ressurreição, ponte entre aqueles que deixara, os ouvintes, e o que o chamara, o Pai.

     Saborear a vida: apontar caminhos para o próximo, caminhos de ressurreição diária e eterna.


Ramiro Teixeira, 29/04/2009.

sábado, 25 de julho de 2009

"Combinações..."

Alguns nomes de belas letras de músicas:


(...)Ah, eu senti o vento no litoral pro dia nascer feliz, porque o tempo não pára, e isso torna-se exagerado por quase um segundo, faz-me maior abandonado nesta vida, louca vida...além disso, só se for a dois vale um trem para as estrelas como ideologia num eclipse oculto...e por aí vai...
(...)


Ramiro Teixeira, 14/02/2008.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Sei lá..."

     Eu não sei até que ponto pode-se falar de liberdade da alma, de liberdade da vida, por assim dizer...muito menos a partir de onde somos libertos. Não me refiro estritamente ao que diz respeito à religião.
     Por exemplo, por que angustiou-se Jesus? Pelo sofrimento que estava prestes a passar ou pelo motivo do sofrimento(tendo em vista que "obrigou-se" a isso porque não acreditaram na sua filiação, teria que negar sua origem para não ser crucificado)?
(...)
     "Agora está tão longe ver, a linha do horizonte me distrai..."(Renato Russo)...parece que de tempos em tempos o véu do céu rasga-se mais uma vez, sorte de quem o percebe assim: um novo horizonte a buscar, onde já não o confundimos com o limite horizontal do mar, que, apesar de tão próximos, estão distantes. Não sabe-se o que está entre eles, apenas, certifica-se que há. Aquela velha história do tesouro no fim do arco-íris...
(...)
"tornou-se vértice o horizonte, o antes distante ficou logo ali." (Ítalo Villar)

     Por esses dias estava na praia à noitinha, a lua cheia apoiava-se não sei como no céu quase que escuro, poucas estrelas brilhavam sobre o mar, um pouco agitado, porém, em sintonia com os meus pensamentos.(...)Eu estava apenas pensando, permitira-me o luxo de imaginar o distante logo ali(...)

Ramiro Teixeira, 22/04/2008.

terça-feira, 21 de julho de 2009

"Conflitos..."

     Silêncio, por favor!
     Eu preciso ouvir, preciso concentrar-me, e este barulho está insuportável.
Sabe quando o corpo pede, ou melhor, clama por silêncio e não o tem? É horrível. O primeiro sintoma é mau humor. É o descanso merecido interrompido e a conversa importante em meio ao barulho. É o som disputando com outras frequências, e tantos outros barulhos, a tirar-me o sossego.
Calem-se! Não estão vendo a necessidade de calar-se?

     Às vezes é preciso solidão para ouvir o "certo" e entendê-lo...falo do silêncio externo, das vozes, do barulho, eu quero sossego. O silêncio me faz refletir...para outros, traz angústia, dor, depressão. Eu procuro aproveitá-lo da melhor forma possível, sugar tudo que pode me oferecer: o motivo pelo qual isso acontece, aquilo acontece, não acontece, enfim, por que há o que há. Unir as informações, contemplá-las, entendê-las, dispor-me e ir. Silêncio!

     Falem, por favor!
     Eu preciso ouvir, preciso informar-me, e este silêncio está insuportável.
Sabe quando o corpo anseia por ouvir para alimentar-se, e não encontra? É horrível. Primeiro vem a solidão, depois, o desespero pela solidão, então, nada criamos.
    Ouvir uma boa união de palavras, boas frases, belas canções, histórias comoventes...jogar "conversa fora".
    Contato com gente, com vida, convida a ser gente, convence com vencimento os convencidos para que convençam a si mesmos, e que vençam com todos.
Nesse caso, sim, com a alma repleta, aliás, transbordante de vida, de gente, de histórias, de belas histórias de gente, é preciso do silêncio, porque o corpo pedirá repouso para refazer e criar maneiras de contar a vida.

     Primeiro vive. Depois escuta, então revive.

    Respeito ao que o corpo pede, ao que a alma pede. Conjugar-se. Uma coisa de cada vez, a cada momento, a cada passo, no compasso exigido, no compasso sugerido.
     Paciência...não é verdade?
     Saber distinguir o silêncio e as vozes, eles se misturam, e nos confundem. Se disfarçam, e não é por mal, é para nos aguçar. Tornar doce o deleite, o doce deleite de ter os sentidos apurados, polidos, agudos, pontificados, fincados em cada uma de suas tarefas...tarefa particular...

     Estou ouvindo uma banda ensaiar, é quase meia-noite...o silêncio e as vozes se misturam disfarçadas...poderíamos chamar de fundo musical. Interessante.
Queria dizer-lhes que tocam bem...

Ramiro Teixeira, 03/03/2008.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Aos amigos..."

     Hora avançada, mas, acho que ainda vale...
     Para celebrar amizades possíveis em qualquer parte, com a chegada à Lua, comemora-se na mesma data, 20/07, o "dia do amigo". Criado por um argentino...que ironia...embarcamos na festa. Ora, brasileiro adora isso, festas e amigos.
     Há quem diga que ninguém os tem, por causa dos maus tratos sofridos. Apesar dessa desavença, não há quem viva sem eles, de qualquer espécie, tem até cachorro amigo, e é o melhor para o homem, estudos relatam, sei lá...não crio animais, nada contra, no entanto. Tento cultivar amizades humanas.
     São tantas poesias, músicas, poemas, textos que falam sobre o assunto e nos impulsionam a viver como tal.
     Vão e vêm, têm suas próprias vidas, cuidam delas. Outros surgem, não menos nem mais importantes, mas, todos têm responsabilidades nas vidas que compartilham, mal ou bem, contribuem com sua parcela. Como canta Frejat: "às vezes me pergunto: malditos ou inocentes? notícias de todos quero saber, cada um fez sua vida de forma diferente...".
     Como sabemos se esse ou aquele já é amigo? Sei lá. Acho que sentimos, com o tempo, não precisa de rapidez, mas, de consolidação e cumplicidade.
     A todos que se consideram amigos, que este seja um dia celebrado no cotidiano.

Ramiro Teixeira.

"E agora...??...a Lua..."

Foi ou não?
     Uns dizem ser fraude, imposição, subestimação à humanidade etc etc. Para outros, é tão simples acreditar nesse "salto gigantesco", porque traz algo substancialmente novo. Uma longa discussão assim traz fatores políticos, ideológicos, sociais e econômicos.
     Não me desfazendo dessas importantes atribuições, prefiro o lado simplório: alcançar o lugar de descanso sem ter que diminuir a imagem de alguém.
     Se o "astronauta" de Gabriel, o que pensa, quer voltar, mesmo que para o caos, é porquê um dia saíra daqui, e sente falta agora do calor humano.
Não sei por qual razão a Lua tanto nos atrai, ao menos a mim, e amedronta ao mesmo tampo. Deve ser pelo mito que criou-se quanto aos enamorados, quando está cheia. Sei lá, nessa fase, ela parece mais encantadora, sem depreciar, é claro, suas outras fases, permite-nos o ar de paixão...de desafio...de liberdade. Quantos pisaram-na dessa forma, ainda que figurativamente, em suas divagações, como "o homem da lua", em outra música? Muitos, creio.
     Lembremos, então, do violão...talvez, do mar, fogueira..de um belo lual, e do que mais interessante for nessa hora.
     Deixemos os diplomatas e políticos em exercício discutirem: pisou-se de fato ou não a Lua.

Ramiro Teixeira.

sábado, 18 de julho de 2009

"Sonho é sonho..."

     Quantas vezes usamos a palavra "sonho" para expressar o que sentimos, o que queremos?
     Sonho para nomear algo a conquistar, nomear algo que apenas gostaríamos de ter ou de ser, mas que não é possível...
     Sonho para explicar as imagens que tivemos no último sono, e para tantas outras coisas, em tantas outras ocasiões...para não admitir a realidade, fugindo...ou para encontrá-la.
      Sei lá. Sonho é sonho.
    O meu é viver o que acredito, o que penso que seria melhor. Como canta Lulu Santos: "eu vejo isso por cima de um muro de hipocrisia que insiste em nos rodear."
     Sem corrupção de valores, sem aceitação de dinheiro para dizer que vai votar em tal candidato, mesmo que não vote.
    Em ser justo, devolver o dinheiro que veio a mais no troco de uma compra qualquer. Ficar apenas com o que é próprio, e que parece às vezes não bastar. Há tantos possuindo o que não lhes é de direito, e temos que superar, hein!!
    Abre-se um mundo para a injustiça e para a corrupção. É tudo tão supérfluo, superficial, artificial e insólito. De constante, apenas os valores inconstantes.
(...)

Ramiro Teixeira, 27/02/2008.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

"E assemelhou-se ainda..."

     (...)Cristo 'plantou' algo bom, que se faz resoluto diante das dificuldades, e, até mesmo, falta de bondade, que parece nessa data, véspera de Natal, dar lugar para o amor ficar.
     O Verbo que se encarnou, destronando-se de sua realeza e majestade para igualar-se aos seus eleitos e prová-los o amor do Pai, fazendo-os experimentar a melhor parte.
     O Homem que confundiu toda natureza humana assemelhando-se a ela e confrontando-a consigo mesma. No lado mais medroso, a coragem; na face mais fraca, a fortaleza; no passo mais inconstante, a segurança; no corpo mais doentio, o vigor; no consciente mais mentiroso, a sabedoria.
    O que revelou ao mundo a verdade "mais dura de acreditar", como disseram seus discípulos no seu discurso sobre o Pão da vida(Bíblia, livro do apóstolo João, capítulo 6), a simplicidade e a humildade, o que hoje ainda é tão difícil de compreender.(...)
      Quantos e quantos falam de Cristo de forma bastante eloquente?(...)
     Descrevem aquilo que faz parte do convívio social, são os traços de Jesus em "o bom samaritano". Falta-nos um propósito, uma verdade atestada, como: "sois carta viva escrita pelo dedo de Deus"(no momento não me recordo da localização biblíca).
     O mundo corrompeu-se de tal modo que muito já é normal, de tanto ser comum(visto que comum e normal diferem).
     As primeiras orações dos apóstolos, nas catacumbas, após o Cenáculo,(...), apesar das Escrituras nos dizerem: "não vos conformeis com este mundo"(acho que cartas aos Romanos, capítulo 9), parece inevitável. Aquela fé de Noé foi perdendo espaço para a auto-suficiência ao provar aquilo que eu posso ou mesmo por não ter mais importância.
     (...)Mas, acredito que os fatos acontecem como fases na vida, tudo serve de aprendizado.
     O povo hebreu quando saiu do cativeiro egípcio poderia ter atravessado o deserto em quarenta dias apenas,porém, o fez em quarenta anos. Ora, Deus o mandara dar a volta no deserto...falta-nos a paciência de Jó, acompanhante da fé em Deus, sobressai ao abandonar-se à auto-suficiência, é o espinho na carne!
     E as irmãs de Lázaro, que caíram em desespero pela ausência de Jesus...?"Fé é o fundamento da esperança, é a certeza a respeito do que não se vê"(livro aos Hebreus, não lembro o capítulo), eita assuntozinho difícil para nós! Apresente-se, pois ,quem tem fé, por favor!
     Como cantava o saudoso Pe. Léo, da Comunidade Betânia, "é cada vez mais difícil a caminhada"!

Ramiro Teixeira, 24/12/2007.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"E..."

E a vida segue...
todos continuam a andar...
todos continuam com seus afazeres, prazeres...
todos continuam com seus portos , hortos, focos, mortos, sombreiros, malheiros, caminhoneiros...
banzo com fundo pesar...lembrar, recordar, correr e reviver, sem descer de seu lugar, mas amar...


Ramiro Teixeira, 24/04/2007.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

"Um dia me disseram..."

"um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão...serem querer, eles me deram as chaves que abrem essa prisão" (Humberto Gessinger)

     (...)Papai Noel não existe, assim como tantas outras historinhas que nos são contadas por algum motivo e que nos permitem criar um mundo à nossa maneira, dentro dos limites educacionais, ganhando espaço ao nosso redor, nos deixando cada vez mais seguros...até que se descobre que nem tudo é como parece ou como achávamos que era...nos surpreendem o baque, a explosão, o susto, o medo, o pavor, a distância, o pensar após parar, o refletir e o agir, o ir, o descobrir...ah, saber que há uma chave para conhecer outras histórias, outros contos, outros mundos, talvez nem tão "perfeitos quanto o nosso", porém, novos e cativantes.
     Ora, nos tornamos fãs daquilo que admiramos, e, tudo parece ser tão mais prazeroso...acho que é a sensação de liberdade trazida com o amadurecimento. Agora, o "próprio mundo" já não é o único, mas, único, porque têm-se outros...se encontram, se completam...
     "A Verdade vos libertará", então, diariamente, temos a chance de crescer, às vezes, através do decrescer. Crescer demais não é mais que crescer, "somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter"...

Ramiro Teixeira, 11/01/2007.

sábado, 11 de julho de 2009

"Abra o teu armário e descubra ali..."

Dizem: "o pior cego é aquele que não quer ver!"
    
     E o cego que vê, seria, então, o que tem melhor visão entre os que vêem? Não sei.
(...)
     Ser gente é acertar, errar, é corrigir e corrigir-se...amar e odiar, querer bem e afastar...brigar e acalentar, sorrir e calar, chorar e abraçar(...)conflitos e paz, ordem e bagunça; graça e desfecho, reabertura e anseio, fome e constância...tomar banho e sujar-se; escrever e não ler, ler e não escrever, nem ler nem escrever...nem pensar, nem falar, nem agir. É parar, pensar, falar e agir...acontecer e deixar falar aquilo que quer falar...e apenas ouvir, e observar...uma pintura, uma peça de teatro, um cordel, um show, um humor, um amor, um louvor, um ardor e um furor...tão fugaz quanto jaz...que pena!
(...)
     Vemos o que não gostaríamos que fosse...é a imaginação voando muito mais do que precisa!

Ramiro Teixeira, 22/10/2006.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

"A poesia nos leva..."

     Imagino a ideia de a poesia não ser feita apenas por palavras escritas, mas, pela pretensão por trás de seus significados. Ora, é um viajante quem lê e consegue imaginar e interpretar os códigos. Por algumas vezes ritmadas, as palavras, rimadas, inteiradas. Outras vezes, soltas, vagas, porém, de alguma forma, oferecem ao leitor o sabor da imaginação!
     A alguns é dado o poder da escrita, e quando bem explorado, faz nascer, faz brotar vida. Há ainda os leitores transformadores do presente ali à sua frente, e conseguem decifrar como ninguém mais. São poetas, porque vêem não só as letras, mas, a melodia tão bem disfarçada, música, imaginação, sensibilidade...sempre levará...
     Ora, o artista produz vida. Seria vida não tão importante diante da correria diária, diurna, noturna, da fortuna?
     A transformação do homem tem origem na arte, pena que só se perceba a mudança, a matança, a lembrança.
Esquecem ou nem vêem a dança, a trança, a lança, a maré mansa, o subir e o erguer-se, sedentos de...não sabem o quê, nem sabe que o são, mas são.
"Roucas, poucas vozes não se cansam, amansam tantos ódios, pódios que são palcos que aguardam o andarilho que virá e que vira poeta ao fim do dia" (Pe. Fábio de Melo), pois tem algo a dizer...depois que experimenta a vida...viver é uma arte, uma parte, um estandarte que se reparte nos ares, nos mares, nos 'automares', nos pares, nos bares, nos altares...poetas ao fim de um dia!

Ramiro Teixeira, 29/10/2006.

terça-feira, 7 de julho de 2009

"Aos olhos..."

Invisível aos olhos...como se outra parte tivesse o poder da visão...invisível aos olhos...
e se outra parte o tem, não usamos!
Invisível aos olhos...para que demos valor ao que vemos, para que saibamos que há algo a ser descoberto e tenhamos a coragem de fazê-lo!
Porque é essencial, e ainda, não o temos...
Ah!Como a pobreza da alma nos mata...a ponto de não sabermos o que nos falta...


Ramiro Teixeira, 24/04/2007.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

"Um dia você aprende..."

“Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença,(...)
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje,(...)
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.(...)
Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

William Shakespeare.