quinta-feira, 9 de julho de 2009

"A poesia nos leva..."

     Imagino a ideia de a poesia não ser feita apenas por palavras escritas, mas, pela pretensão por trás de seus significados. Ora, é um viajante quem lê e consegue imaginar e interpretar os códigos. Por algumas vezes ritmadas, as palavras, rimadas, inteiradas. Outras vezes, soltas, vagas, porém, de alguma forma, oferecem ao leitor o sabor da imaginação!
     A alguns é dado o poder da escrita, e quando bem explorado, faz nascer, faz brotar vida. Há ainda os leitores transformadores do presente ali à sua frente, e conseguem decifrar como ninguém mais. São poetas, porque vêem não só as letras, mas, a melodia tão bem disfarçada, música, imaginação, sensibilidade...sempre levará...
     Ora, o artista produz vida. Seria vida não tão importante diante da correria diária, diurna, noturna, da fortuna?
     A transformação do homem tem origem na arte, pena que só se perceba a mudança, a matança, a lembrança.
Esquecem ou nem vêem a dança, a trança, a lança, a maré mansa, o subir e o erguer-se, sedentos de...não sabem o quê, nem sabe que o são, mas são.
"Roucas, poucas vozes não se cansam, amansam tantos ódios, pódios que são palcos que aguardam o andarilho que virá e que vira poeta ao fim do dia" (Pe. Fábio de Melo), pois tem algo a dizer...depois que experimenta a vida...viver é uma arte, uma parte, um estandarte que se reparte nos ares, nos mares, nos 'automares', nos pares, nos bares, nos altares...poetas ao fim de um dia!

Ramiro Teixeira, 29/10/2006.

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