domingo, 6 de maio de 2012

"Educação, policiais e governo..."

        Na primeira semana do mês de maio de 2012 foi noticiada a presença de policiais militares para fazerem a segurança das escolas estaduais do Rio de Janeiro.

"O convênio entre as secretarias estaduais de Educação e de Segurança prevê que os policiais trabalhem nas escolas nos horários de folga em seus batalhões.
Em sua justificativa para o convênio, a Secretaria de Educação afirma que o objetivo é proteger alunos e professores e coibir o consumo e a venda de drogas, assim como o aliciamento para o tráfico no entorno das escolas."(Folha.com, 01/05/2012)

       Será que com esta suposta solução não estariam as entidades envolvidas somente transferindo o problema existente nas escolas para outro lugar, as ruas, por exemplo?
         
      Ou este é mais um exemplo de que de fato as escolas, apesar de todo discurso dos politiqueiros-educadores (ou vice-versa) de "educação para todos", se fecham em suas políticas de cumprimento de horário com as portas "abertas" para aulas?

        Ou, mais ainda, percebemos com isto que a sociedade (a parte que decide as medidas na política) está cada vez mais jogando para baixo do tapete, e no caso o tapete alheio, os problemas que ela própria cria?

        Ora, acredito que há de se pensar em supostas soluções menos dramáticas e radicais. Os alunos aos saírem das escolas vão inevitavelmente ter contato com este "aliciamento para o tráfico" e não são os policiais armados nas escolas que irão proibir esses casos. Se os estudantes e a população em geral não tiverem consciência da realidade do mal que o tráfico de drogas provoca, e somente forem coibidos por medidas proibitivas governamentais, não terão a opinião própria de dizerem "NÃO" às drogas e a outros males sociais.

      Portanto, uma cultura de livre e crítica consciência sobre suas decisões pode até melhorar a qualidade de suas ações, sobretudo do voto de cada cidadão.

Ramiro Teixeira.

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