Na primeira semana do mês de maio de 2012 foi noticiada a presença de policiais militares para fazerem a segurança das escolas estaduais do Rio de Janeiro.
"O convênio entre as secretarias estaduais de Educação e de Segurança
prevê que os policiais trabalhem nas escolas nos horários de folga em
seus batalhões.
Em sua justificativa para o convênio, a Secretaria de Educação afirma
que o objetivo é proteger alunos e professores e coibir o consumo e a
venda de drogas, assim como o aliciamento para o tráfico no entorno das
escolas."(Folha.com, 01/05/2012)
Será que com esta suposta solução não estariam as entidades envolvidas somente transferindo o problema existente nas escolas para outro lugar, as ruas, por exemplo?
Ou este é mais um exemplo de que de fato as escolas, apesar de todo discurso dos politiqueiros-educadores (ou vice-versa) de "educação para todos", se fecham em suas políticas de cumprimento de horário com as portas "abertas" para aulas?
Ou, mais ainda, percebemos com isto que a sociedade (a parte que decide as medidas na política) está cada vez mais jogando para baixo do tapete, e no caso o tapete alheio, os problemas que ela própria cria?
Ora, acredito que há de se pensar em supostas soluções menos dramáticas e radicais. Os alunos aos saírem das escolas vão inevitavelmente ter contato com este "aliciamento para o tráfico" e não são os policiais armados nas escolas que irão proibir esses casos. Se os estudantes e a população em geral não tiverem consciência da realidade do mal que o tráfico de drogas provoca, e somente forem coibidos por medidas proibitivas governamentais, não terão a opinião própria de dizerem "NÃO" às drogas e a outros males sociais.
Portanto, uma cultura de livre e crítica consciência sobre suas decisões pode até melhorar a qualidade de suas ações, sobretudo do voto de cada cidadão.
Ramiro Teixeira.
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