sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"Velho e novo..."

         Ocidente, América Latina, América do Sul, Brasil. E temos o nosso tempo medido por eventos populares. Embora nos guiamos por dias da semana, por meses e anos, as datas comemorativas pressionam de maneira ímpar a organização do nosso tempo, e cada uma traz sua maneira particular das pessoas viverem tal data.
         Algumas ainda têm a artimanha de se prolongarem por mais dias, assim temos as festividades natalinas. Essas comemorações já começam a ser pensadas pelo menos já no início de novembro, além das tradições culturais que as sustentam, nascimento de Cristo e outras incorporadas pelos comerciantes, os demais as encaram como o começo de algo, portanto, a celebração de uma novidade, e para tanto "sugere" uma nova roupagem, roupas novas.
          É um tal alvoroço em comprar roupas novas, porque essa época não pode passar em branco e muito menos com repetições, e começa a corrida para não decepcionar (talvez o ego, no bom sentido!). 
     Coisas velhas, tempos novos, coisas novas, e temos a mescla das movimentações do seres humanos em suas mais variadas maneiras de encararem suas realidades, sejam festivas ou de outros tipos.

          Crítica ou não, aí está "Velha roupa colorida", Belchior:

"Você não sente nem vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
E o que há algum tempo era jovem novo
Hoje é antigo, e precisamos todos rejuvenescer

(...)
No presente a mente, o corpo é diferente
E o passado é uma roupa que não nos serve mais
No presente a mente, o corpo é diferente
E o passado é uma roupa que não nos serve mais"


Ramiro Teixeira.

Um comentário:

  1. É companheiro, humanos estão sempre arrumando um motivo para a reunião, para o convívio em grupo e isso é bom. A não ser quando se transforma em algo forçado pela lógica do mercado, quando os objetos se tornam mais importantes que as pessoas e estas passam a valer tanto quanto as roupas que vestem ou os presentes que dão. Nesse ponto o homem deixar de ser para ter e dedica seu tempo à capacidade de conquistar os bens materiais tão cobiçados.

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