domingo, 19 de setembro de 2010

"Caminho(s)...!"

     Modernidade: eis uma das correntes cada vez mais articuladas atualmente.
    Longe das discussões históricas sobre o termo, podemos encará-la como algo inerente ao nosso cotidiano, algo extremamente vivo e presente. As novas maneiras de pensar a correria diária sobrevoa a ótica moderna, é um novo sempre surgindo com rapidez de impressionar(tanto aos mais velhos quanto aos mais novos, tanto aos conservadores quantos aos "liberais").
    Essa necessidade de associação entre tempo-espaço diminui em muito as dificuldades, por um lado, das relações interpessoais; comunica-se mais rapidamente com alguém em outro ponto da cidade, por exemplo; questões outrora necessárias de emprego de tempo e burocracia são resolvidas quase que instantaneamente. É a dialética entre a otimização e a pessoalidade tão vigente em nossa conduta diária. Reaproveitamento das horas.
    Essa fluidez( porém, entravada!) permanente no diálogo também fecha espaços para as relações mais intimistas. À geração da net perdeu-se a conotação das escrituras, à mão, de cartas endereçadas à rua tal, número tal etc. Esvaiu-se, em alguns âmbitos da norma de investimento tanto pessoal e profissional, querer encontrar-se em grupo presencialmente. Vê-se muito mais cômodo e menos castigante conversar via sites de relacionamento, embora o ser humano continue dependente de relações de cheiro, de tato e de cores carnais.
Talvez tantos rumos a serem tomados entrem em colapso no imaginário da sociedade.
       Em meio a toda essa parafernália de diagnósticos do dia-a-dia encontra-se a teoria do "pós-moderno", onde a comunidade coletiva reaparece na materialidade do porvir. Esse novo pensamento de adesão comunitária do "dar-as-mãos" ainda não é encarado com a devida proporção(dada pelo escritor Michel Maffesoli, sociólogo francês). No entanto, vê-se que o distanciamento entre as pessoas causa um certo temor, e direcionamento cada vez maior para os outrora diferentes.

Ramiro Teixeira.

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