segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"Palavreado..."

      Qual será o motivo que impele o ser humano a proferir palavras?
     Ora, a palavra é parte integrante da linguagem, e esta nos serve de aparato para a comunicabilidade. O homem como ser sociável precisa manter-se em dialógica com os seus semelhantes, ele próprio busca a todo instante pronunciar-se, de maneira tal que sua auto-afirmação perpassa pelo rastro dos verbos. 
    A partir disso recriam-se os caminhos, sejam os escritores, os compositores, os poetas, os literatos, ou mesmo os amadores(com a não menos importante significação do mercado profissional da palavra) cada qual com a sua especificidade. Acredito na ideia destes não conterem sua visão própria, e terem, assim, o ímpeto de enunciar suas peculiares interpretações. Aquilo visto por muitos sem espanto ou mesmo simplório, alguns o observam com uma gama de detalhes impressionante.
     Descrevem pormenores enriquecedores, dignos de corroboração. Assim canta Belchior: "...enquanto houver espaço, corpo, tempo e algum modo de dizer...".
      Nessa perspectiva, apresento minha admiração pela Literatura de Cordel, sobretudo por uma apresentação a qual assisti na 62ª SBPC/2010(Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) na UFRN, por pecado meu, não guardei o nome do poeta. Ele descrevia as situações cotidianas de sua cidade interiorana, logicamente com dose humorística, o senhor era(é) gago!

Ramiro Teixeira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário