quinta-feira, 4 de março de 2010

"lembrança e flores..."

"A história é um vasto cemitério de grandes verdades mortas".

     Essa frase foi repetida pelo professor de Sociologia da UFRN, Alípio de Sousa filho, e percebi que ela tomou tal proporção entre nós, alunos, (gerando alguns comentários um tanto quanto reflexivos). Ora, as sociedades sempre foram norteadas por pontos vistos por seus indivíduos como irrefutáveis(e aqui não entraria no mérito de discutir a aristocracia social, as divisões de classes etc.), no entanto, muitos desses pilares vêm perdendo seu poderio de regimento, e, aquilo outrora inquestionável, finaliza-se por abrir espaço para novidades tidas como preponderantes, mas que também ruirão a ponto de sermos chamados de retrógrados, antiquados e obsoletos.
      Dessa forma, a hipocrisia de pensarmos ser o mais valoroso intelecto dentre os homens nos taxa pelo desrespeito com o passado, porque seremos, mais cedo ou mais tarde, idem superados. Porém, se com respeito são tratadas as proposições alheias, as culturas para nós exóticas, teremos a oportunidade de viabilizar as nossas crenças, e o respeito será mútuo.
     Pois se torna-se inevitável a morte de nossas verdades, que ao menos elas tenham um sepulcro digno de lembrança e de flores.

Ramiro Teixeira.

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