Diante da gama informacional pela qual passamos na atualidade, entre os anos de 2000 e 2010, considera-se estruturante o papel da mídia na sociedade. Ora, utilizamos como termo conceitual o seguinte: meio de comunicação responsável pela transmissão de informações (por informação entende-se tudo que orienta e disciplina a parcela social). Dessa forma, o órgão detentor dos veículos de comunicação utiliza-se de ferramentas para multiplicar os interesses da parte dominante para a manutenção de sua posição elitista.
Tal conservação se dá de modo quase imperceptível, a propagação midiática não esboça maiores esforços no exercício do seu papel hegemônico, atribuindo-lhe um caráter global e natural mediante simbologias e rituais atuantes no subconsciente, nas relações interpessoais e nas estratificações do cotidiano vital, encerrando a força coercitiva das estruturas sociais na construção dos estados normativos (influência na sociedade).
Essas estruturas, carregadas de ideologia, propagam-se na densidade social (coletivizações de massa, tanto no espaço micro quanto no macro). Nós, os indivíduos, por nossa vez, incutimos tais ideias em nosso dia-a-dia, transmitindo-as em nossa vida comunitária e moldamo-nos (pensamento, consciência e virtude) por uma obediência tal a ponto de enxergarmos tais "verdades" como únicas e necessárias. No entanto, não percebemos a parede de vidro pela qual estamos nos norteando.
É estritamente necessário, pois, não apenas compreender a urgência de mudança no sistema político e econômico, mas, sobretudo, desmascarar o caráter alienante provocado pela força da mídia na opressão no mundo material e subjetivo.
Ramiro Teixeira, 18/10/2010.
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