quinta-feira, 29 de setembro de 2011

"Palavras e palavras..."

        Depois de uma longa, e acredito produtiva, discussão sobre Didática, feita por alunos ainda bastante iniciantes no campo acadêmico, dos quais também faço parte, talvez como um dos mais confusos e inconstantes, e com intermediação de um professor, não diferente, novo e com apenas uns poucos anos a mais de "coluna, olhos e punhos calejados" frente ao exercício de leitura e interiorização dos infindos e complexos escritos científicos, porém, com o ar e discurso de quem conhece muito, e de fato conhece, mais uma vez cheguei à conclusão das "armadilhas" presentes nos conceitos explicativos nas palavras.
       Conhecimento, inteligência, ciência, preconceito, inferior, comparação, e todas as outras utilizadas, ora com sucesso ora com fracasso, fazem de quem as usa passível de interpretação e de julgamento, de ser mal entendido, de cair em contradição. Enfim, somos a todo instante, em maior ou menor intensidade e grau, expostos ao temerário poder de fogo de quem nos vê, nos escuta, nos lê, de reproduzir algo sobre nós que não somos ou que não gostaríamos de ser.
        A relação entre a palavra e seu significado por vezes não é colocada para os outros da mesma maneira que traquinamos na nossa cabeça, ainda em pensamento, antes de esbravejar aos quatro cantos o que acreditamos ser louvável e o que achamos não passar de mais um capricho do homem.
         Comunicar algo não é tão difícil, mas, comunicação como algo a fazer-se entender da mesma maneira que entendemos "são outros quinhentos"...

Ramiro Teixeira.

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